12 janeiro 2021

Em serviço


Em serviço
Distribuição de gêneros alimentícios, em maio de 1973, na Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba

Na extensão do Cristianismo Evangélico, as tarefas, em verdade, são a cópia das atividades na lavoura do bom grão. 

Há quem prepare o solo, quem dirija o arado, quem proteja os animais, quem lance a sementeira. 

Agora, alguém cuida de amparar a germinação. 

Em seguida, outros combatem a erva daninha e os insetos malignos. 

Depois, outros agem, para que as flores apareçam felizes. 

Mais tarde, mãos diversas colhem os frutos, enquanto braços diligentes atendem ao celeiro, a fim de que outros, ainda, possam cozer a sopa e oferecê-la ao faminto. 

Nas obras da fé puramente cristã, há lugar para colaboradores de todas as procedências. 

Há quem alfabetize, quem doutrine, quem eduque, quem administre, quem obedeça, quem movimente, quem proteja a infância, quem abrigue a velhice, quem socorra o corpo enfermo e quem reconforte o coração desesperado. 

O essencial, em nossas tarefas de renovação, é trabalhar, fazer, auxiliar e produzir para o bem, fugindo à posição de espectadores indolentes. 

Quem renuncia com o Cristo, em qualquer situação da vida, não se subtrai ao quadro da luta em que se lhe atormentam as fibras mais íntimas da alma e sim continua a servir, com amor, doando de si mesmo pela felicidade daqueles que as circunstâncias – expressando a Divina Vontade – lhe situaram o caminho. 

Renunciar, portanto, não é abandonar. 

É servir com mais fervor e mais devotamento. 

Quando o Mestre renunciou à própria defesa na cruz, não desprezou a Humanidade, de vez que, decorridas algumas horas, achava-se de novo, entre os companheiros para consolidar o serviço de socorro eficiente às criaturas. 

Busquemos trabalhar, auxiliando para o bem, através de qualquer ângulo da luta humana, onde estejamos colocados e aprenderemos, indubitavelmente, a arte de renunciar como Jesus renunciou. 


Emmanuel, do livro Refúgio, psicografado por Chico Xavier

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