Egoísmo
Em todos os lances da evolução, seremos defrontados pelo egoísmo a entravar-nos o passo.
É sombra em nosso sentimento em forma de vaidade e tóxico em nosso raciocínio na feição de orgulho.
É veneno em nosso coração sob a máscara do crime e fogo em nossa alma, sob a capa agressiva da revolta.
É incêndio em nosso peito, sob a tempestade da cólera e gelo em nossas mãos, sob a inércia da preguiça.
Aparece em todas as fases do dia, ora sob a faixa do desculpismo de variados matizes, ora sob os mil modos com que apresentamos a nossa deserção da luta santificante.
Desvairado apego ao nosso “eu”, o egoísmo, sem dúvida, é treva da ignorância ocultando-nos o caminho real de nossos deveres à frente da imortalidade sublime.
Se desejamos efetivamente alcançar a bendita claridade da ascensão, abandonemo-lo aos resíduos da estrada e, fugindo ao círculo estreito de nossa personalidade, através da ação constante no bem, consagremo-nos à Vontade do Senhor – única fórmula de libertação que nos conduzirá à felicidade verdadeira.
Cultivemos a boa vontade, a compreensão e a simpatia. E, aprendendo a servir sem descansar, seguiremos do vale escuro da ignorância para os cimos da vida, onde nos esperam as alegrias eternas da sabedoria e do amor.
André Luiz, do livro Cartas do Coração, psicografado por Chico Xavier
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