30 dezembro 2020

Receita de luz


Receita de luz
Bom Samaritano, imagem baixada de internet

Realmente a história do bom samaritano, contada por Jesus, expõe a caridade por brilhante sublime oferecendo revelações prismáticas de inigualável beleza. 

A atitude daquele peregrino desconhecido resume um tratado de pedagogia, acerca de compreensão e bondade. 

Enquanto o sacerdote e o levita, pessoas de reconhecido merecimento intelectual, se desviam deliberadamente do ferido, o samaritano não apenas se detém, mas, também se compadece. 

Situemo-nos, porém, no lugar do viajante generoso. 

Talvez estivesse ele com os minutos contados… 

Muito razoavelmente, estaria sendo aguardado às pressas para a realização de um negócio… 

Provavelmente, iria atender a encontro marcado com pessoa querida… 

É possível fosse aquela hora a do fim do dia e devesse acautelar-se contra algum trecho perigoso da estrada, nas sombras da noite próxima. 

Entretanto, à frente do companheiro anônimo e desfalecido, não somente se emociona. 

Esquece-se e diligencia socorrê-lo sem perguntar quem é. 

Interrompe-se. Aproxima-se dele. 

Faz pensos e efetua curativos. 

Para ele, no entanto, tudo isso não basta. 

Coloca-o na montaria. 

Conduze-o à estalagem e apresenta-o, responsabilizando-se por ele. 

Pagará pelos serviços que ele venha a receber, sem nem mesmo indagar de si próprio se estaria recuperando um adversário. 

Vela por ele. 

Vê-lo-á de novo ao regressar. 

Narrando a história, assinalou Jesus o comportamento do sacerdote, do levita e do samaritano e inquiriu ao Doutor da Lei que se interessava pela posse da Vida Eterna: 

—“Qual dos três te parece haver amado o próximo caído em desvalimento?” 

O Doutor respondeu: 

—“Aquele que usou de misericórdia para com ele”. 

—“Então, vai – disse Jesus – e faze tu o mesmo”. 

Segundo percebemos, a indicação do Divino Mestre para entesourarmos conosco dons da Imortalidade, é simples e clara. 

Compaixão é receita de luz para a ascensão da alma aos Reinos Divinos. 

Entretanto, de algum modo se assemelha à prescrição médica em relação à saúde. 

Para que ela atinja os efeitos precisos, em nós mesmos, não basta se grave com segurança e precisão no pergaminho de nossos sentimentos. 

É preciso nos disponhamos a usá-la. 

Emmanuel, do livro Refúgio, psicografado por Chico Xavier

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