20 novembro 2020

De ânimo firme


De ânimo firme
Imagem da internet

É possível estejas descobrindo o que não esperavas.

Construções, que supunhas de ouro, acabaram em resíduos de pedra.

Promessas, acalentadas por muitos anos, parecem-te agora rematadas mentiras.

Afetos, julgados invulneráveis, abandonaram-te o passo, quando mais necessitavas de apoio.

Surpreendeste a incompreensão nos companheiros mais nobres e colheste amargos problemas nos próprios filhos que viste crescer, ao calor de teu corpo.

Ruíram aspirações, lembrando preciosos vasos quebrados.

Sonhos desfizeram-se, de improviso, como se ventania arrasadora te devastasse a existência.

Apesar de tudo, porém, renova-te a cada instante e caminha incessantemente, arrimando-te à fé viva.

Na Terra ou além da Terra, a soma das lutas que carregamos reúne as parcelas dos compromissos assumidos, junto à bolsa do tempo.

Aflição de hoje, dívida de ontem.

Merecimento de agora, crédito de amanhã.

Banha as mais íntimas energias nas torrentes do amor puro que compreende e edifica sempre; veste o arnês do trabalho que aprimora e sublima, e sigamos em frente, honrando a nossa condição de almas eternas.

Nada tendo e tudo possuindo… 

Sozinhos e com todos… 

Chorando jubilosos e suando contentes… 

Atormentados e tranquilos… 

Desfalecentes e refeitos… 

Dilacerados e felizes… 

Batidos e levantados… 

Morrendo cada dia para reviver no dia seguinte, em plano superior… 

E, atingindo os marcos do túmulo, de partida para a Luz Espiritual, se viveste amando e perdoando, purificando e servindo, encontrarás em ti mesmo a flama da alegria, ressurgindo do sofrimento, como a glória solar renascendo das trevas.

Emmanuel, do livro Justiça Divina, psicografado por Chico Xavier

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