05 maio 2020

Confiança recíproca


Chico Xavier, distribuição de alimentos em 1973, em Uberaba
Distribuição de alimentos na Comunhão Espírita-cristã, em Uberaba, em 1973 - imagem arquivo particular

Muitos companheiros na Terra se declaram indignos de trabalhar na Seara do Bem, alegando que não merecem a confiança do Senhor, quando a lógica patenteia outra coisa:

Se o Senhor não te observasse o devotamento afetivo, não te entregaria a formação da família, em cuja intimidade, criaturas diversas te aguardam carinho e cooperação;
Se não te apreciasse o espírito de responsabilidade, não te permitiria desenvolver tarefas de inteligência, através das quais influencias grande número de pessoas;
Se não acreditasse em tua nobreza de sentimentos, não te induziria a sublimar princípios e atitudes, na realização das boas obras, com as quais aprendes a estender-lhe, no mundo, o reino de Amor;
Se não te reconhecesse o senso de escolha, não te levaria a examinar teorias do bom e do mal, para que abraces livremente o próprio caminho;
Se não te aceitasse o discernimento, não te facultaria a obtenção desse ou daquele título de competência, com o qual consegues aliviar, melhorar, instruir ou elevar a vida dos semelhantes.
Se o Senhor não confiasse em ti, não te emprestaria o filho que educas, a afeição que abençoas, o solo que cultivas, a moeda que dás.

“Não cai uma folha de árvore sem que o Pai o queira”, ensinou-nos Jesus.

Toda possibilidade da criatura, na edificação do bem, é concessão do Criador. O crédito vem do pai supremo; a aplicação com as responsabilidades consequentes diz respeito a nós.
Sempre que te refiras aos problemas da fé, não te fixes tão-somente na fé que depositas em Deus. Recorda que Deus, igualmente confia em ti.

Emmanuel, do livro Coragem, psicografia de Chico Xavier

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