15 abril 2020

Ora e serve


Rochedos - imagem da internet
Afirmas que o progresso, exprimindo felicidade e aprimoramento, é o porto a que te destinas, no mar da experiência terrestre, mas se cultivas sinceridade e decisão contigo mesmo, abraça o trabalho e a prece, como sendo a embarcação e a bússola do caminho.
Rochedos de incompreensão escondem-se, traiçoeiros sob a crista das ondas, ameaçando-te a rota.
No entanto, ora e serve. A prece ilumina. O trabalho liberta.
Monstros do precipício surgem à tona inclinando-nos à perturbação e ao soçobro. Contudo, ora e serve. A prece guia. O trabalho defende.
Tempestades de aflição aparecem de chofre, vergastando-te o refúgio. Entretanto ora e serve. A prece reanima. O trabalho restaura.
Companheiros queridos que te suavizavam as agruras da marcha desembarcaram nas ilhas de enganoso descanso, deixando-te as mãos sob multiplicados encargos. Todavia, ora e serve. A prece consola. O trabalho sustenta.
Em todos os problemas e circunstâncias que te pareçam superar o quadro das próprias forças, ora e serve. A prece é silêncio que inspira. O trabalho é atividade que aperfeiçoa.
O viajor mais importante da Terra também passou pelo oceano do suor e das lágrimas, orando e servindo. Tão escabrosa Lhe foi a peregrinação entre os homens, que não sobrou amigo algum para compartilhar-lhe espontaneamente os júbilos da chegada pelo escaler em forma de cruz. Tão alto, porém, acendeu Ele a flama da prece, que pode compreender e desculpar os próprios algozes, e tão devotadamente se consagrou ao trabalho, que conseguiu vencer os abismos da morte e voltar aos braços dos amigos vacilantes, como a repetir-lhes em regozijo e vitória: – Tende bom ânimo! Eu estou aqui!

Emmanuel, do livro A Luz da Oração, psicografado por Chico Xavier

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