06 novembro 2019

Necessidade do esforço próprio



Pergunta-se, às vezes, por que razão não obstam os Espíritos esclarecidos, que em todos os tempos acompanham carinhosamente a marcha dos acontecimentos do orbe, as guerras que dizimam milhões de existências e empobrecem as coletividades, influenciando os diretores de movimentos subversivos nos seus planos de gabinete; inquire-se o porquê das existências amarguradas e aflitas de muitos dos que se dedicam ao Espiritismo, dando-lhes o melhor de suas forças, e sempre torturados pelas provas mais amargas e pelos mais acerbos desgostos. Daqui, contemplamos melancolicamente essas almas desesperadas e desiludidas, que nada sabem encontrar além das puerilidades da vida.
Em desencarnando, não entra o Espírito na posse de poderes absolutos. A morte significa apenas uma nova modalidade de existência, que continua, sem milagres e sem saltos. É necessário encarar-se a situação dos desencarnados com a precisa naturalidade. Não há forças miraculosas para os seres humanos, como não existem igualmente para nós. O livre-arbítrio relativo nunca é ab-rogado em todos nós; em conjunto, somos obrigados, em qualquer plano da vida, a trabalhar pelo nosso próprio adiantamento.

Do livro Emmanuel, psicografia de Chico Xavier

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