Trabalho e nós
Mais do que justo reconhecer que todos recebemos os valores da vida para realizações determinadas.
Onde a equipe de trabalhadores à qual fosse confiada preciosa coleção de instrumentos para serviço, unicamente para se entregar ao luxo do sonho sem proveito?
Como entender centenas de carros, primorosamente fabricados, somente para a exposição inútil na vitrina?
A cada qual de nós, a Sabedoria Divina dotou com essa ou aquela vocação.
Há quem maneje a palavra, sensibilizando multidões e alterando-lhes os impulsos; há quem administre os recursos da terra, sustentando a comunidade; há quem escreva, traduzindo o pensamento dos outros; há quem se vê capaz de lidar com os mais altos valores artísticos, influenciando os sentimentos alheios; há quem aplique os princípios da justiça com equidade e discernimento; e há quem traga o coração acordado, para compreender a natureza e auxiliá-la com amor.
Observa as próprias tendências e atende à tarefa que te busca.
Tanto quanto puderes, burila-te, no relacionamento com os outros e aperfeiçoa tudo aquilo que já conheces.
Insiste na obra que desejas efetuar. Se fracassaste nos primeiros tentames, recomeça.
Acolhe a adversidade por elemento de auxílio.
Se não conseguires os resultados ideais na concretização do que esperas efetuar, continua tentando…
Não acredites em facilidades para a realização do bem que sonhas trazer à luz.
O prodígio real é filho da paciência, unida ao trabalho incessante.
Serve sempre, sem cogitar de remuneração.
É pelo desinteresse na doação de ti mesmo ao benefício de outrem que conquistarás os companheiros, nos quais te apoiarás para o que te incumbe fazer.
Sobretudo, não pares de agir.
A indolência é ferrugem nos mecanismos da alma.
Não exageres desenganos, nem te refiras a desalento.
Toda desilusão é um aviso e qualquer forma de desânimo é um veneno sutil.
Prossegue no encalço da edificação que te compete.
Não percas tempo com lamentações estéreis. Guarda a fé em Deus e em ti mesmo, caminha adiante e o tempo te responderá
Espírito Emmanuel, do livro Paz, psicografado por Chico Xavier.
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